terça-feira, 3 de dezembro de 2019


Dia 11

Planejamos nos encontrar cedo em Alter do Chão para fazer um passeio de barco, mas naquela manhã estava chovendo muito, o que o tornava impossível. Quando a chuva parou, eram 10h30 e Eliane, o contato do Sérgio na região, informou-nos que o motorista do barco estava dizendo que agora era tarde demais para sair para o passeio, pois seria muito apressado. Em vista disso, marcamos o passeio para o dia seguinte. Passamos a manhã descansando e nadando na piscina de Joe. Quando o sol apareceu, fomos para a praia e, no passeio, vimos três espécies de macacos juntos, o que foi uma visão incrível. Vimos um Saimiri, Caquetá titi e um Sagui branco.

Quando chegamos à cidade, o resto do grupo, que estava sentado almoçando ao ar livre, apontava uma iguana verde escura enorme que estava pendurada em uma árvore. Fotografamos, mas logo percebemos que havia outras 20 iguanas no trecho gramado e algumas eram de um verde limão. 

Voltamos à casa de Joe para trocar de roupa, decididos a fazer uma visita noturna à reserva para ver se algo estava brilhando. Em março, Imran encontrou folhas brilhantes, mas ainda nenhum cogumelo que permitisse a identificação da espécie.  Esperávamos que desta vez tivéssemos sorte. Colocamos botas, pegamos as lanternas e fomos para a reserva. Quando o sol estava se pondo, Caco fez uma gravação de áudio tridimensional, pois queria capturar a transição da vocalização diurna de pássaros para as chamadas noturnas de sapos. Finalmente, estava escuro e a busca começou. Os vaga-lumes foram vistos quase imediatamente quando escureceu e encontramos uma aranha impressionante, cujo corpo era fluorescente e brilhava sob a luz UV. Enquanto Henrique a fotografava, um pequeno inseto voador ficou preso em sua teia e filmamos o processo da aranha devorando-o. A busca por cogumelos foi uma decepção. Apenas um pau e uma folha foram encontrados com o micélio brilhando. Caco e Toka acharam difícil ver o brilho, mesmo quando erguidos bem na cara deles, mas estava lá! Nenhum corpo de frutificação foi encontrado novamente.  A estação seca pode ter impacto na falta de cogumelos. Novas pesquisas são necessárias em junho, quando há fortes chuvas na região.




Day 11

We planned to meet up early in Alter do Chão to do a boat tour but that morning it was raining heavily making it impossible. By the time the rain had stopped it was 10.30am and Eliane, Sérgio go-to-women in the region, informed us that the boat driver was saying that it was now too late to leave for the tour as it would be very rushed so instead we booked it for the next day. Instead we spent the morning resting and swimming in Joe´s pool. When the sun came out we headed to the beach and on the walk we saw three species of monkey all together which was an incredible sight. We saw a squirrel monkey, another silvery marmoset and red-bearded titi.

As we arrived in town we saw the rest of the group who were sitting down having lunch outside when they pointed out a massive dark green iguana that was hanging out on a tree. We photographed it but soon realised there were another 20 iguanas on the patch of grass and some were bright lime green. 

We head back to Joe´s house to get changed as we had decided to do a nocturnal visit on the reserve to see anything was glowing. In March Imran had found glowing leaves but still no mushroom which is essential for identification so we hoped this time we would get lucky. We put on boots, grabbed headlights and went off to the reserve. As the sun was setting Caco did a three-dimensional audio recording as he wanted to capture the transition from diurnal bird vocalization to nocturnal frogs’ calls. Finally, it was dark and the search was on. Fireflies were seen almost immediately as it got dark and we found a stunning spider whose shell was fluorescent so glowed under UV light. While Henrique was photographing it, a little flying insect got stuck in its web and we filmed the process of the spider devouring it. The search for mushrooms was a disappointment. Only one stick and one leaf were found with mycelium glowing. Caco and Toka found it difficult to see the glow even when held up right to their face but it was there! No fruiting bodies were found again although this is the dry season which may have impacted the lack of abundance of mushrooms. New searches are needed in June when there are heavy rains in the region.









Dia 10

Acordei cedo para ir a Santarém ajudar Joe com alguns problemas bancários. Examinando os documentos, percebi que havia um mal-entendido. Depois de uma ligação rápida esclareci que, de fato, não havia nada errado e poderíamos aproveitar o nosso dia em vez de ficar numa fila de banco. Fomos visitar o mercado de vegetais no centro de Santarém, onde os produtores locais montaram centenas de estandes para vender uma variedade de nozes e legumes. Alguns também vendiam garafadas de remédios alternativos feitos com ervas e óleos para doenças diversas inclusive espirituais. Depois fomos ao mercado de peixe, onde os pescadores locais vendiam suas capturas recentes. O mercado de peixe também foi muito diferente desta vez, pois na estação chuvosa a água chegava até o nível do mercado  e as pessoas jogavam sobras de peixe na água para atrair os botos cor de rosa que vinham comê-los, fazendo um espetáculo deslumbrante. Desta vez a água estava 4 metros mais baixa, uma praia havia surgido e não havia chance deles fazerem o show para nós agora. Compramos 2 quilos de Pirarucu e um quilo de Surubim em preparação para um churrasco.
Enquanto estávamos em Santarém, uma parte do grupo foi à reserva com dois especialistas em topografia. Eles criaram cartas topográficas para ver a diferença de altitude em toda a reserva, marcando rios e estradas, bem como as fronteiras exatas da reserva. Para fazer isso, eles usaram GPS e drones para criar um mapa.

Descemos para o deck onde o rio Jutuarana passava pela reserva. Para chegar lá, é preciso atravessar por uma passarela estreita colocada no trecho alagado da reserva.  Quando chegamos, algumas pessoas deram um mergulho no rio para investigar se o rio era navegável a jusante, mas logo chegaram a uma área densamente vegetada que não podia ser transposta sem o uso de um facão. Logo um bando de 20 ou mais macacos apareceu. Ninguém conseguiu reconhecer as espécies, mas depois pesquisamos e descobrimos que eram uma espécie chamado sagüi branco. Este macaco tinha um pêlo branco, exceto pela cauda, de cor marrom escura e a cara, de cor rosa. Também vi cinco pequenos lagartos, verde-escuros com uma fina linha preta, subindo em uma árvore dando pequenos saltos.

Voltamos à seção seca da reserva e discutimos onde os bangalôs do hotel seriam colocados considerando a vista. Henrique montou duas armadilhas fotográficas na reserva e mais uma na casa do vizinho em frente, um adorável senhor chamado Sebastião, ao nos informar que muitos macacos noturnos passavam por seu jardim.

Todos se separaram novamente para fazer suas próprias coisas. Joe começou a preparar o carvão para uma grelha e começou a fazer caipirinhas e salada de abacate. Toka, Caco e Henrique entraram na casa quando a comida estava pronta e se juntaram a nós para jantar. Estávamos preocupados que não houvesse comida suficiente para todos, mas, na verdade, era bastante!

Day 10


I woke up early to head into Santarem to help Joe with some bank issues he had been having but on arrival and after briefly looking through the documents I realised a misunderstanding had occurred and after a quick call clarified that in fact nothing was wrong and we could use our day for more fun things. We went to visit the vegetable market in the centre of Santarem where local producers set up hundreds of stands to sell a range of nuts, vegetables and famously stands which sold alternative medicine of herbs and oils which had been put in water bottles. After we went to the fish market where local fishers would sell their recent catches. The fish market was also very different this time around as in the wet season the water came right up to the fish market and people would throw leftovers of fish into the water which lead to a spectacle as the pink river dolphins would come to eat them. However, this time the water was 4 meters lower so the water had not only gone down but a beach had emerged so there was no chance of them doing the show for us now. A fisherman added that in fact a beach emerges which created a natural barrier so all the dolphins leave this area as the water goes down to not get isolated in the small area so they were simply not around at this time of year. We bought 2 kilos of Pirarucu and a kilo of Surubim in preparation for a BBQ.

While we were in Santarem, a large majority of the rest of the group had gone to the reserve with two topographic experts. They created topographic plans to see the altitude difference across the reserve, marked out river and roads as well as the exact borders of reserve. To do this they used GPS and drones to create a map.

Soon after, I joined the rest of the group and we walked down to the deck where the river passed on the reserve. To get there you had to cross a thin bridge which took you over the part of the reserve where the trees grow emerging from the water. When we arrived, some people went for a swim up the river to investigate what it looks like upstream but soon came to a densely vegetated area which could not be passed without a machete. Soon a band of 20 or so monkeys appeared. No one could recognize the species but later we researched and found out they were a species called the silvery marmoset. This monkey had a white fur except for the tails which became a dark brown colour and its face was pink. I also saw five small lizards which were dark green with a thin black line which were climbing a tree and had the ability to do small jumps.

We head back up to the dry section of the reserve and discussed where the bungalows of the hotel would be placed considering the view. Henrique set up 2 camera traps on the reserve and one more at the neighbour’s house in front, a lovely gentleman called Sebastião, as he informed us that many nocturnal monkeys passed through his garden.

Everyone split up again to do their own things. Joe and started preparing the coal for a grill and started making caipirinhas and an avocado salad. Toka, Caco and Henrique walked into the house just as the food was ready and they joined us for dinner. We were worried it wouldn’t be enough food for everyone but in fact it was plenty!




Dia 9

Tínhamos combinado que a parte da viagem em Alter do Chão não teria programação e as pessoas poderiam sair para fazer suas próprias coisas e explorar esse maravilhoso paraíso de praia de água doce. Como resultado, eu, o autor do blog, Imran Viroomal, explicarei a viagem da minha perspectiva e acrescentarei histórias importantes relatadas por outros membros do grupo.

Acordei às 8h da manhã para visitar o hotel que esta em fase de compra por Joe chamado Pousada Amazonia. Toka, Caco e Henrique foram junto, pois também estavam curiosos. Entramos no hotel e ficamos imediatamente impressionados. Quando o portão se abriu, havia uma grande área de restaurante, com móveis de madeira elegantes e um bar deslumbrante. Os bangalôs foram construidos sobre pilotis, dando a eles um charme encantador. Os quartos pareciam bem cuidados e espaçosos. No fundo da área, havia uma mini-fazenda com porcos, galinhas, gansos e muito mais que Joe não havia decidido se queria manter ou transformar em outra coisa. Em seguida, visitamos a casa onde ele vai morar, que fica no terreno do hotel, um pouco afastada. Uma casa moderna de dois andares.

Depois fomos almoçar com o resto do grupo no centro de Alter do Chão em um restaurante chamado Lago Verde. Fui apresentado à Raquel, um dos contatos de Sérgio para a recém-adquirida Reserva do Cerrado. Ela se juntaria a nós para a viagem até chegarmos lá.

Comi um Surubim amanteigado, que é um peixe com uma pele prateada com manchas pretas, que foi cozido com perfeição e foi a melhor refeição que fiz durante toda a viagem. Algumas pessoas pediram o Pirarucu, o maior peixe da Amazônica que pode ter mais de 2 metros de comprimento e pesar mais de 100 quilos! Este peixe em um dos poucos que precisar respirar ar para sobreviver o que o torna uma presa fácil para o homem. Depois de encher a cara, fomos à praia mais famosa de Alter do Chão, chamada Ilha do Amor. Lembro-me de visitar Alter do Chão em março com Sérgio na estação chuvosa e essa praia estava quase totalmente submersa, então tudo que se podia ver eram os telhados dos bares. O nivel do rio varia uns 4 metros ao longo do ano! Parecia um lugar completamente diferente, pois agora as praias de areia branca haviam surgido. Tivemos que atravessar a pé um pequeno canal para chegar à ilha com as nossas carteiras e eletrônicos levantados no ar. Passamos o resto da tarde preguiçosamente bebendo caipirinhas na praia e recebendo massagens de duas irmãs jamaicanas que moravam na ilha Margarita, na Venezuela, chamadas Chantal e Loreta.



Day 9

We had agreed that the Alter do Chão part of the trip would not be organized and people could go off to do their own thing and explore this wonderful fresh water beach paradise. As a result I, the author of the blog, Imran Viroomal, will explain the trip from my perspective and add important stories from other members of the group.

I woke up at 8am to visit Joe´s soon to be purchased hotel called Pousada Amazonia. Toka, Caco and Henrique tagged along as they were also curious. We walked into the hotel and were automatically impressed. As the gate opened there was a large restaurant area with stylish wooden furniture and a gorgeous bar. Many of the bungalows were elevated on a second story giving them a lovely charm. The rooms looked well-kept and spacious. At the bottom of the area there was a mini-farm with pigs, chickens, geese and more which Joe had not decided if he wished to keep or modify into something else. We then visited the house where he would be living which was on the hotel grounds but slightly separated which was a lovely modern house of two floors.

We then went to meet the rest of the group in the center of Alter do Chão for lunch in a restaurant called Lago Verde. I was introduced to Raquel, one of Sérgio´s contacts for the newly purchased Cerrado Reserve, who had been picked up at the Santarem airport and who would be joining us for the trip until we got to her home town near the new reserve.

I ate a buttered Surubim, which is a fish with a silver skin with black markings, which had been cooked to perfection and was the best meal I had during this whole trip. Some people have ordered Pirarucu, the largest fish in the Amazon that can be over 2 meters long and weigh over 100 pounds! This fish is one of the few that need to breathe air to survive which makes it an easy prey for man. After stuffing our faces we went to the most famous beach in Alter do Chão called Love Island, which sounds much less tacky in Portuguese namely Ilha do Amor. I remember visiting Alter do Chão in March with Sérgio in the wet season and this beach was almost entirely underwater so all you could see was the roofs of the bars which had been submersed by the rising river which fluctuates a whopping 4 meters in height! It looked like a completely different place as now the sandy white beaches had emerged. We had to crossed a tiny sliver of water to get to the island so we all pick up our bags with all of wallets and electronics and held it up as we traversed. The rest of the afternoon was spent lazily sipping caipirinhas on the beach and getting massages from a two big Jamaican sisters which had lived in Margarita Island in Venezuela called Chantal and Loreta.







Dia 8

Acordamos às 7h para começar a nossa viagem cedo, pois tínhamos outro trecho longo de 698 km à nossa frente para Santarém. Felizmente, o plano em Santarém era descansar por 4 dias, sem dirigir, para dar um descanso ao nosso traseiro. Após cerca de 300 km de carro, perdemos de vista o Toyota Hilux do Salvador. O Duster e o Subaru pararam em um posto de gasolina para aguardar a sua passagem. No entanto, de fato Salvador estava à nossa frente. Os detalhes de como isso aconteceu exatamente foram perdidos nos livros de história (de propósito). Enquanto esperávamos, Sérgio começou a ficar preocupado e decidiu voltar 100 km até onde o Hilux foi visto pela última vez para ver se eles haviam enguiçado. Começamos a cogitar que ele podia ter nos ultrapassado e logo após veio a confirmação. Ione enviou uma mensagem ao grupo informando que eles estavam em Rurópolis, 168 km à nossa frente. Almoçamos no posto de gasolina para não perder tempo e continuamos nossa viagem que havia sido atrasada por 2 horas.

Chegamos a Santarém no escuro e mandamos uma mensagem para o Joe, um ex-voluntário e orgulhoso portador de visto de investimento no Brasil que recentemente decidiu comprar uma pousada e morar na Amazônia. Parte do grupo seria hospedada em sua casa que ele nos ofereceu gentilmente. Os que ficariam com ele o encontraram para jantar em um restaurante chamado Mascote, enquanto o resto do grupo se instalava no Hotel London,muito central e com vista para o calçadão da orla.



Day 8

We woke up at 7am to get an early start as we had another long stretch of 698km ahead of us to Santarem. Luckily the plan in Santarem was to rest for 4 days without any driving to give our bottoms a rest. About 300km into the drive we lost sight of Salvador´s Toyota Hilux. The Duster and Subaru stopped at a gas station to see whether he would catch up, however, in fact Salvador was ahead of us. The details of how this happened exactly was lost in the history books (on purpose). As we waited, Sérgio began to get worried and decided to drive 100km back to where the Hilux was last seen to see if they had broken down. We started to catch on that he had taken over us and soon after the confirmation came. Ione sent a message to the group informing us that they were in Rudinoplois 168km ahead of us. We had lunch at the gas station to not waste time and continued our trip which had been delayed by 2 hours.

We made it to Santarem in the dark and Imran message Joe, an ex-volunteer and proud investment visa holder in Brazil who had recently decided to buy a pousada and live in Brazil, as part of the group would be hosted at his house as he had kindly offered his place. Those staying at his house met him for dinner in a restaurant called Mascot while the rest of the group set up in Hotel London which was very central and had a view to the boardwalk.


Dia 7

Na manhã seguinte, fomos para a cidade de Novo Progresso, que ficava a meio caminho de nossa enorme viagem da cidade de Sinop, no Mato Grosso, a Alter do Chão, no Pará, onde está localizada a segunda reserva do IPBio. Pegamos a BR-163 a toda velocidade e logo cruzamos a fronteira seca quase imperceptível para o estado do Pará, nosso quinto estado. Enormes castanheiras isoladas começaram a aparecer no horizonte, em meio a um mar de soja. O corte de castanheiras é ilegal, pois as castanhas tem propriedades nutricionais únicas e são produtos de importância econômica tnradicional no estado crítica. Ficamos chocados com a destruição do ambiente natural. Estávamos agora na região da floresta amazônica, antes densamente cheia de árvores da mesma altura que a castanheira.  Agora estas eram as unicas árvores que permaneceram em pé. Chegamos ao Jusman Palace Hotel. Não era um palácio; quase nem era um hotel. O recepcionista pareceu desapontado com nossa chegada e a necessidade de nos atender. Os chuveiros vazaram ou não esquentaram. No entanto, não nos importamos, pois tudo o que precisávamos era de uma cama para descansar. Fomos a um restaurante chamado Toca do Peixe, que servia uma deliciosa moqueca (caldeirada com molho de coco e tomate) e peixe grelhado.

Day 7

The next morning we headed to the town of Novo Progresso which was about a half way point between our enormous drive from the town of Sinop in Mato Grosso and Alter do Chão in Pará where the second IPBio reserve is located. We took the BR-163 at full speed and soon crossed the almost unnoticeable border into the state of Pará, our fifth state. Enormous castanheiras, Brazil nut trees, began to appear on the horizon, however, they we isolated in a sea of soya. The castanheiras are illegal to log as they are of critical importance as the nutritious nuts are a major commodity. Reflecting on this we were shocked by the destruction that had occurred to the natural environment as we were now in the region of the Amazon forest where once the whole forest was densely packed with tree just as tall and the castanheira, however, now they were the only trees that remained standing. We arrived at the Jusman Palace Hotel which wasn’t much of a palace at all, it was barely a hotel. The receptionist seemed disappointed that we had arrived and he had to attend us. The showers leaked or didn’t heat up. However, we did not mind as all we needed was a bed to rest our heads. We went to a restaurant called Toca do Peixe which served a delicious moqueca (fish stew with coconut and tomato sauce) and grilled fish.


Dia 6

Acordamos cedo na manhã seguinte, pois tínhamos uma longa viagem até Sinop, mas também queríamos parar em um lugar chamado Aquário do Encanto, em Bom Jardim, conhecido por suas águas cristalinas. Chegamos e fomos recebidos por um guia que explicou que o alto conteúdo de calcário da água faz com que  todos os sedimentos se acumulem no fundo do rio, deixando a água transparente com uma impressionante tonalidade azul. Fomos para o vestiário, onde vestimos coletes salva-vidas, equipamento de mergulho e sapatos impermeáveis. Os guias destacaram que não deveríamos tentar nos mover muito, pois perturbaríamos os sedimentos que escureceriam nossa visão. Eles também deixaram claro para não colocarmos os pés no chão, pois arraias e cobras corais são comuns nos leitos dos rios. 

Nós entramos em uma carroceria que estava sendo puxada por um trator  e que nos levaria às trilhas até o primeiro lago onde mergulharíamos. Caminhamos por uma pequena trilha e fomos imediatamente encontrados por um bando macacos-prego jovens que pulavam de árvore em árvore acima de nossas cabeças. A trilha tinha muitas árvores bonitas, incluindo a babaçu. Era curta, mas cheia de ação. Logo depois vimos um Mutum macho, que é um grande pássaro preto com bico amarelo e um moicano preto pontudo. A fêmea foi vista apenas momentos depois, com um padrão de corpo listrado em branco e preto, o que facilitou a distinção do macho. Ao nos aproximarmos do rio, todos ficaram boquiabertos com a vista inimaginavelmente bonita da lagoa, que era tão clara e nítida que parecia que alguém a havia fotografado. Pudemos ver milhares de peixes nadando alegremente. Mais impressionante foi que a água era tão limpa que podíamos ver a areia no fundo tão bem que parecia que a lagoa era rasa, quando na verdade, o guia nos informou que a profundidade era de 6 metros. Entramos na água com nosso equipamento de mergulho e nadamos suavemente pela da lagoa, olhando para todas as diferentes espécies de peixes que nadavam ao nosso redor. Vimos curimba, sucuri e dourado para citar apenas algumas espécies. Felizmente, tínhamos uma  go pro à prova d'água para registrar essa experiência espetacular. O tempo acabou e tivemos que sair da lagoa, embora todos quisessem ficar o resto do dia. Passamos para a próxima trilha, na qual parte você descia o rio com o fluxo das correntes. Isso foi absolutamente delicioso, pois peixes maiores como o Piraputanga, que tinha um lindo tom de laranja, nadavam entre nós. Henrique até viu uma arraia! Infelizmente, o passeio terminou e estava na hora de almoçar. No caminho de volta para a área de recepção onde o almoço estava sendo servido, algumas espécies interessantes foram vistas: hortelã-pimenta, a variação laranja e preta do manequim dançante, uma águia e Valéria apontou um grande lagarto laranjado chamado “silimbo”.


A comida era deliciosa no Aquario do Recanto e o serviço era muito bom. Um dos garçons, chamado Eduardo, mencionou que havia uma caverna na propriedade e imediatamente o convencemos a nos levar. Quando entramos na caverna, Imran mencionou a presença de morcegos voando acima de nós, o que levou Ione a sair imediatamente da caverna. Henrique fotografou algumas das formações de cavernas e depois voltamos para a recepção para pagar a conta e partir. O caminho para Sinop foi cansativo, especialmente quando escureceu. Fomos diretamente a uma pizzaria e pedimos 4 pizzas e um total de 5 litros em torres de cerveja. Depois do jantar, fomos ao Hotel Real para descansar, pois nos próximos dois dias seriam dias difíceis para dirigir, pois entraríamos nos estado do Amazonas e Pará, onde a estrada pioraria significativamente.

Day 6

 We woke up early the next morning as we had a long drive ahead to Sinop but we also wanted to stop off in a place called Aquario do Encanto in Bom Jardim which was renowned for its crystal waters. We arrived and were met by guide who explained that the high limestone content of the water means all the sediments drift to the bottom of the river leaving the water transparent with a stunning blue tint. We headed to the changing room where we put on a life jackets, snorkelling equipment and waterproof shoes. The guides highlighted that we should not try to move too much as we would disturb the sediments which would obscure our view. They also made clear to not put our feet on the ground as sting rays and coral snakes are common in the river beds. 

We hopped onto a carriage which was being pulled by a tractor that would take us to the trails to the first lake where we would snorkel. We walked on a little trail and were immediately meet by a band of young capuchin monkeys who jumped from tree to tree above our heads. The trail had many beautiful tree including the babaçu tree. The trail was short but packed with action. Soon after we saw a male Mutum which is a large black bird with a yellow beak and a spikey black mohawk. The female was spotted only moments later which has a white and black striped body pattern which made it easy to distinguish from the male. As we approached the river everyone gasped at the unimaginably beautiful view of the pond which looked so clear and crisp that it looked like someone had photo-shopped it. We could see thousands of fish swimming joyfully. More impressive was that the water was so clean that we could see the sand at the bottom so well that it looked like the pond was only a meter or so deep when in fact the guide informed us the depth was 6 meters. We got into the water with our snorkelling gear on and gently swam around the pond looking at all the different species of fish that swam around us. We saw curimba, sucuri and dourado to name only a few species. Luckily we had the waterproof gopro to capture this spectacular experience. Time was up and we had to get out the pond, although everyone wanted to stay for the rest of the day. We moved to the next track which was a part where you went down the river with the flow of the currents. This was absolutely delightful as larger fish like the Piraputanga, which had a gorgeous orange tint, swam past us. Henrique even saw a sting ray! The tour was sadly over and it was time to have lunch. On the way back to the reception area where lunch was being served a couple of interesting species were seen namely a bico-de-pimenta, the orange and black variation of the dancing manakin, an eagle and Valeria pointed out a large orange lizard called a silimbo. 

The food was delicious at the Aquario do Recanto and the service was very good. One of the waiters, called Eduardo, mentioned that there was a cave on the property which we immediately jumped on and convinced him to take us. As we entered into cave, Imran mentioned the presence of bats flying above us which lead to Ione immediately running out the cave. Henrique photographed some of the cave formations and then we head back to the reception to pay the bill and head off. The drive to Sinop was tiring especially as it got dark. We went directly to a pizzeria and order 4 pizzas and a total of 5 liters in beer towers. After dinner we went to the Hotel Real to rest up as the next two days ahead would be tough driving days as we would enter the Amazonian state of Pará were the road would get progressively worse.












Dia 5

Quando entramos no estado do Mato Grosso, ganhamos uma hora devido à mudança de fuso horário, por isso dormimos até tarde. Às 10h, deixamos o hotel para visitar o centro da cidade e visitamos a Igreja de Santana, que exibia uma bela porta de madeira entalhada. Depois fomos para o Parque Nacional de Guimarães e, na entrada, havia um painel reservado para adesivos de expedições onde o Toka desenhou o logotipo do Interbio. Atravessamos várias pequenas pontes na densa vegetação e finalmente chegamos à primeira cachoeira chamada Cachoeira dos Namorados, que era pequena e tinha pouca água caindo. Continuamos caminhando mais 100 metros e chegamos à Cachoeirinha, que paradoxalmente era muito maior e mais impressionante. Salvador foi o primeiro a entrar na água e mergulhou na cachoeira, onde a água bateu em seus ombros e soltou o que só pode ser chamado de um grito primal, que parecia uma cabra temerosa por sua vida. Todos nós nos juntamos e desfrutamos da água fresca e do spray da cachoeira. A queda d´água podia ser atrevessada até uma pequena caverna encoberta pela água. Enquanto nos secávamos, uma caninana (grande serpente amarela e preta de 2,5 metros) foi vista tentando atacar uns pássaros e seus ninhos.

No caminho de volta, um lagarto de cabeça verde e corpo marrom foi visto correndo pela trilha. Paramos para fazer um piquenique acompanhado de espumante, vinho branco e rosé.
Depois visitamos a maior cachoeira do parque, chamada Véu da Noiva, que tinha uma vista espectacular da chapada. A vida silvestre estava em ação no local. Primeiro apareceu um lagarto verde e preto, depois um lagarto de cabeça verde e manchado de laranja. Ao olhar para as cachoeiras vimos uma arara vermelha! Até este ponto, haviamos observado várias araras azuis, mas nenhuma vermelha. Com o binóculo da Ione percebemos que havia duas delas como geralmente viajam em casais. Logo elas alçaram vôo que foi uma visão ainda mais impressionante. Logo após dois periquitos foram vistos se beijando. Logo depois, filmamos o que descreverei aqui como apenas o ato de amar.

Com essas belas vistas, Henrique e Imran, encarregados de filmar tudo para um documentário que será produzido posteriormente, decidiram fazer algumas entrevistas com a ajuda de Caco, especialista em som. Entrevistamos Caco, que falou sobre sua surpresa com o bioma, que não era como ele imaginara. O Salvador falou sobre a imensidão aterradora dos campos de soja. Enquanto isso, Gui se cansara do sol que torrava a sua cabeça e voltou para o carro. Kitty, embriagada com o vinho do almoço, perdeu a câmera mas consegui achar no meio do mato com a ajuda da Val.

Depois fomos de carro para o Mirante do Centro Geodésico, que tinha uma bela vista do pôr do sol. Quando chegamos lá vimos 2 carros e um helicóptero da polícia. Uma mulher havia cometido suicídio logo no início do dia. Tentamos esquecer estas notícias horripilantes o que se tornou mais fácil quando o sol começou a se por num vermelho intenso, criando uma visão mágica. Dava para ver a planície sem fim e o pântano abaixo.

Voltamos ao hotel para tomar um banho rápido e repetimos o nosso jantar no Restaurante Popular pois estávamos muito satisfeitos com a comida do dia anterior.

Day 5


As we had moved into the state of Mato Grosso we had gained an hour due to the time zone so we slept in. At 10am we left the hotel to visit the town center and went into the Santana Church which had on  display a beautiful antic wooden door. We then headed to the National Park of Guimaraes and at the entrance Toka drew the Interbio logo on a poster which was for travelling groups to sign. We crossed various small bridge in the dense vegetation and finally got to the first waterfall called Cachoeira dos Namorados which was a sharp cliff with a small amount of water dropping. We continued walking another 100 meters and got to “cachoeirinha” which was another waterfall but much larger and more impressive. Salvador was the first to get in the water and went under the waterfall where the water crashed on his shoulders and let out what can only be called a soul-searching scream which sounded like a goat fearful for its life. We all joined in and everyone enjoy the delicious water and the spray on the waterfall which you could even go behind and look out. As we dried off a caninana (large 2.5 meter yellow and black tree snake) was spotted attempting to predate birds or their nests.

On the walk back a green headed and brown bodied lizard was caught running off the trail. We stopped to have a picnic lunch accompanied by champagne, white and rose wine.

Then we visited the largest waterfall called Véu da Noiva which overlooked a breathtaking view of the chapada. The wildlife was in action at the spot. First a green and black lizard appeared, then a green bodied and orange spotted head lizard was sighted. Look out over the waterfalls a red arara was spotted! Until this point we had see multiple blue araras but never the red. We used Ione´s binoculars to see it properly and realized there were two of them as the usually travel in couples. Soon they lifted off for flight and this made the most stunning view of the arara flying through the chapada. Soon after two perkeets were caught kissing. The male would connect his beak to the female from above and they would lock in and shake up and down. Soon after we filmed what I will describe here as only the act of love.

With these beautiful views, Henrique and Imran, who are in charge of filming everything for a documentary that will be produced later, decided to do some interviews with the help of Caco who is a sound specialist. We interviewed Caco, who spoke about his surprise with the biome as it was not as he had imaged, and Salvador who spoke about the terrifying immensity of the soya fields. In the meantime Gui had got tired of the sun blasting on his head so had returned to the car and Kitty, tipsy from the wine at lunch had lost her camera and found it in the forest.

We drove out the park and headed to the Mirante do Centro Geodésico where we went to see the sunset but as we arrived we saw 2 police cars and a police helicopter. Apparently, a girl had committed suicide just early that day. We tried to move on from the horrifying news which became easier as the sun began top set turning a vibrant red which spread to the cloud creating a magical view. We saw the view of the open plains and the never ending swampland below.

We returned to the hotel for a quick shower and returned to the Popular Restaurant for dinner again as we had been so delighted with the food the day before.