terça-feira, 3 de dezembro de 2019


Dia 22

O último dia de viagem foi aqui! Saímos de manhã cedo sem tomar café da manhã no hotel e pegamos a estrada correndo. Decidimos parar em um posto de gasolina para comer rapidamente e voltamos pra estrada. Parte do grupo levaria o Duster para Campinas para deixar Kitty e Gui, que haviam reservado ônibus de volta ao Rio, enquanto o resto do grupo voltaria para Cotia, onde alguns continuariam até  Iporanga. Paramos em outro posto de gasolina para nos despedir. Palavras sábias, abraços e beijos foram compartilhados. Um total de 8500 km foi percorrido. Esta foi realmente uma viagem inesquecível.



Day 22

The last day of travelling was here! We left early in the morning without having breakfast at the hotel and hit the road running. We decided to stop at a gas station for a quick bit to eat and got back to it. Part of the group would be taking the Duster to Campinas to drop off Kitty and Gui who had booked their bus back to Rio while the rest of the group headed back to Cotia where some would continue on to Iporanga. we stopped at another gas station to say our goodbyes. Wise words, hugs and kiss were shared. A total of 8500km had been driven. This was truly an unforgettable trip.


 Dia 21

Com 1400 km para ir do Alto do Paraíso de Goiás a São Paulo, decidimos estender a viagem por um dia, pois a idéia percorrer toda essa distência em um dia era assustadora. Como resultado da decisão decidimos passar por Brasília, pois muitos dos membros do grupo nunca haviam visitado a capital. Além disso, Rubens, um engenheiro florestal e membro do conselho do IPBio que não havia participado da viagem por motivos de saúde, morava em Brasília, o que nos permitiria passar para dizer olá. Na estrada, paramos para pegar um empadão goiana, uma massa fina de massa cozida em gordura de porco com várias carnes e milho. Entramos no Distrito Federal de Brasília, que também é tecnicamente um estado, tornando Brasília o 8º estado. Nós encontramos Rubens em um iate clube, no qual ele é membro, para almoçar e colocar a conversa em dia.

Depois fomos para o centro de Brasília para visitar a Catedral Metropolitana de Brasília. O impressionante teto de vidro verde, azul e branco era realmente de tirar o fôlego. Anjos pendurados no teto. As paredes curvas de mármore criavam um efeito acústico interessante, no qual, se alguém sussurasse em direção à parede, o som viajava por toda a sala. Imran testando essa teoria com Henrique sussurrou: "Você pode me emprestar 20 reais". Henrique confirmou sua capacidade de ouvir, mas rejeitou o pedido.

Continuamos pela avenida onde vários ministérios tinham seus escritórios. No final, havia duas torres com uma grande bandeira do Brasil no centro de um parque. De um lado da torre havia um prédio em forma de xícara voltado para cima e do outro lado um prédio em forma de xícara voltado para baixo. Um dos edifícios abrigava o Senado e o outro, o Congresso. Atravessamos a impressionante ponte JK e voltamos ao estado de Goiás. Ainda tínhamos uma longa viagem pela frente para Uberlândia, onde dormiríamos. Chegamos ao 9º e último estado : Minas Gerais e chegamos a Uberlândia tarde da noite. Antes de irmos dormir, todos demos um grande beijo em Valéria e Salvador, pois o resto do grupo sairia cedo na manhã seguinte enquanto eles queriam acordar mais tarde e voltar calmamente, então nos despedimos.



Day 21

With 1400km to go from Alto do Paraiso do Goiás to São Paulo, we had decided to extend the trip by a day as the idea of doing all that driving in one day was daunting. As a result of the decision to take a calmer route, we decided to pass by Brasilia as many of the group members had never visited the capital. In addition, Rubens, a forest engineer and IPBio board member who had not made it on the trip for health reasons, lived in Brasilia which would allow us to pop in to say hello. On the road we stopped to pick up a “empadão goiana” which is a thin crust pastry cooked in pork fat with various meats and corn. We entered into the Federal District of Brasilia which is technically also a state, making Brasilia our 8th state. We met Rubens at a yacht club, where he is a member, to have lunch and catch up.

After we head into the centre of Brasilia to visit the Metropolitan Cathedral of Brasilia. The stunning green, blue and white stain glass roof was truly breathe-taking. Angels hung from the ceiling. The curved marble walls created an interesting acoustic phenomena whereby if one whispered toward the wall it would travel all across the room. Imran testing this theory with Henrique whispered “Can you lend me 20 reais”. Henrique confirmed his ability to hear but rejected the request.

We continued down the avenue where various ministries had their offices. At the end were two towers with a large flag of Brazil in the centre of a park. On one side of the tower was a cup shaped building facing up and the other side a cup shaped building facing down. One of the building housed the senate and the other housed congress. We crossed the impressive JK bridge and headed back into the state of Goiás. We still had a long drive ahead of us to Uberlandia where we would sleep for the night. We hit our 9th and final state of Minas Gerais and arrived at Uberlandia late at night. Before we went to sleep, we all gave Valeria and Salvador a big bug and kiss as the rest of the group would rush off early the next morning while they wanted to wake up later and head back calmly so we said our goodbyes.








Dia 20

Fomos visitar o Vale da Lua, famoso por suas formações rochosas peculiarmente aredonadas. O drone subiu para capturar a paisagem lunar esculpida pelo forte fluxo de água. Como estava chovendo, tivemos que nos esconder embaixo de uma pedra para não ficar encharcados. No caminho de volta para o carro, fotografamos uma ave chamado o sanhaço-de-coleira. Achamos o sapo preto com pontos amarelos e manchas laranjadas de novo. Desta vez conseguimos filmar ele vocalizando.

Fomos almoçar na cidade de São Jorge, mas no caminho paramos para fotografar uma siriema que estava andando calmamente no meio da cidade. Valéria e Salvador se juntaram a nós, pois haviam percorrido uma caminhada de 11 km para ver uma formação de cânion, e todos comemos um delicioso buffet. Andamos pela estrada principal entrando em algumas das lojas de artesanato e depois voltamos ao hotel para descansar antes do jantar.

Fizemos um piquenique no hotel e o grupo se reuniu. Como a viagem estava chegando ao fim, com apenas dois dias para o retorno a São Paulo, havia uma clara nostalgia no grupo, como se a viagem já tivesse terminado. As pessoas estavam começando a fazer discursos sobre como estavam agradecidas por essa experiência, contando suas piadas favoritas da viagem e todas as conversas eram reflexões sobre o significado dessa viagem para os participantes.



Day 20

We went to visit Vale da Lua which is famous for its peculiarly curved rock formations. The drone went up to capture the crater like landscape carved by the harsh flow of water. As it was raining we had to hide under a rock to not get soaked. On the way back to the car we photographed a black faced tanager. We went for lunch in the town of São Jorge but on the way we stopped to photograph a siriema which was calmly walking around in the middle of town. Valeria and Salvador joined us, as they had gone of a 11km hike to see a canyon formation, and we all ate a delicious buffet. People walked down the main road to pop into some of the artisanal shops and then we head back to the hotel to rest up before dinner.

We set up a picnic at the hotel and the group gathered. As the trip was coming to an end with only two days left until we returned to São Paulo, there was a clear nostalgic vibe in the group as if the trip was already over. People were starting to give speeches about how grateful they were for this experience, people were recounting their favourite rude jokes of the trip and all the conversations were reflections on the meaningfulness of this trip to the members.






Dia 19

Fomos em direção a uma cidade chamada Alto Paraíso de Goiás, perto da Chapada dos Veadeiros, que queríamos visitar. Nós brincamos que a viagem de hoje era de “apenas” 450 quilômetros, o que não parecia nada em comparação com outros trechos já percorridos. Fizemos um pequeno desvio apenas para colocar um pé no nosso 7º estado, o estado da Bahia. Paramos junto à placa cheia de buracos de bala que delimitava a fronteira. Passamos por umas formações rochosas que pareciam torres. Paramos para um piquenique no Rio Azuis, que é o menor rio do Brasil, com apenas 146 metros da nascente até o encontro com o Rio Sobrado. Caminhamos até a nascente, que formava uma piscina impressionante de água levemente azulada, que produz incríveis 11.000 litros de água por segundo. A máscara de mergulho e uma “go pro” foram testemunhar a vida subaquática extremamente ativa. As mangas caidas no fundo do rio alimentavam centenas de peixes. Voltamos à estrada, mas tivemos que parar muitas vezes para admirar as vistas. A chapada formava um muro gigantesco que deixaria Donald Trump com inveja.

Chegamos ao Alto Paraíso de Goiás e, no caminho para o jantar, vimos uma cobra coral deslizando calmamente em um parque infantil perto dos balanços.



Day 19


The group packed the cars and headed off in direction of a town called Alto do Paraiso near the Chapada dos Veadeiros which we wanted to visited. We joked how the drive today was “only” 450 kilometers which seemed like nothing in comparison to some of our trips. We took a little detour just to put one foot across into our 7th state of Bahia. We stopped by the road sign demarcating the border which was spray with bullet holes. We passed some stunning tower like rock formations. We stopped for a picnic by Rio Azuis which is the smallest river in all of Brazil of only 146 meters from the spring until it meets another river called Rio Sobrado. We walked over to the spring which formed a stunning pool of lightly blue water that produces an astonishing 11,000 litres of water per second. The snorkelling mask and a go pro came out to witness the extremely active aquatic life. The mangos that lined the bottom of the river were feeding grounds for hundreds of fish. We got back on the road but had to stop many times to marvel at the views. The chapada formed a gigantic wall that would make Donald Trump so jealous.

We arrived in Alto do Paraiso and on the way to dinner we saw a coral snake calmly slithering around in a kid’s park near the swings. 





Dia 18

No dia seguinte, acordamos tarde e fomos visitar a parte superior da reserva. Quando saímos das estradas pavimentadas do Rio da Conceição, começamos a dirigir por belas estradas de barro no meio do cerrado. Logo uma vista deslumbrante da Chapada surgiu e o carro de Sérgio parou. Ninguém podia acreditar que o Sérgio tinha achado um lote de terra tão lindo. A diferença de vegetação em relação a seção de baixo foi chocante, pois parecia que tínhamos acabado de viajar centenas de quilômetros para um local completamente diferente quando, na verdade, tudo estava incluído na reserva de 60 hectares. Pegamos os carros para passear pela reserva. Sérgio nos mostrou onde ele planejava criar o safari. Vimos várias plantas ornamentais, pegadas de animais e insetos lindos com cores azuis e vermelhas metálicas. Enquanto olhava para um desses insetos, Val viu um sapo que realmente nos deixou de queixo caído. O sapo preto tinha pontos amarelos no corpo e manchas alaranjadas nas pernas e os guias locais nos pediram para recuar, pois acreditavam que era venenoso. O chão estava arenoso até então, mas começamos a entrar numa área onde o chão era rochoso e Sérgio explicou que o alojamento e sede do instituto de pesquisa seria construída sobre esse tipo de solo. Finalmente chegamos ao local de escolhido para a construção, que tinha uma vista maravilhosa da chapada, e discutimos a arquitetura da casa. As varandas e espaços de convivência serão direcionados para a vista e os quartos ficarão no fundo com vista para a vegetação do cerrado criando uma sensação de privacidade. Henrique subiu o drone para tirar fotos da área de construção para fins práticos, mas logo depois também tiramos algumas fotos do Duster correndo pela reserva e vídeos da paisagem deslumbrante.

Henrique ficou na reserva com o Lindomar e o Márcio, um dos outros contatos de Sérgio na região, para fotografar o percurso difícil pelo mato. Eles também pretendiam fazer uma visita noturna para ver se tinha alguma espécie bioluminescente na nova reserva.

O resto do grupo foi para o Lago da Serra, onde nadamos em um lago azul com uma vista impressionante da chapada ao nosso redor e abrimos algumas garrafas de vinho. Peixes pequenos mordiam a pele das pessoas, então tiramos o equipamento de snorkel e aproveitamos a água transparente. Passamos a tarde nadando e esperamos o sol se pôr, deixando apenas uma silhueta das formações montanhosas ao longe. Depois fomos jantar na cidade e começamos a receber notícias de que o Henrique havia encontrado um grande cupinzeiro lotado de larvas bioluminescentes. As fotos que ele tirou foram simplesmente incríveis. Infelizmente, não foram achados cogumelos bioluminescentes, mas micélio brilhante nas folhas foi encontrado mostrando potencial. Henrique também havia fotografado as diversas cachoeiras da trilha, uma tarântula, um escorpião e até se levantou às 4 da manhã no dia seguinte para tirar melhores fotos da araponga do nordeste.

Day 18

The next day we woke up late and then headed to visit the top section of the reserve. As we got off the cement roads in Rio da Conceição we started to drive on beautiful red-soil roads in the middle of low bush. Soon a stunning view of the Chapada emerged and Sérgio´s car stopped. No one could believe what an incredible plot of land Sérgio had acquired. The difference in vegetation from yesterday was shocking as it felt like we had just travel hundreds of kilometres to a completely different location when in fact it was all encompassed in the 60 hectare reserve. We got out the cars to walk around the reserve as Sérgio showed us where he planned to create the safari. We saw various stunning plants, animal footprints and gorgeous insects with metallic blue and red colours. While looking at one of these insects, Val spotted a frog which was truly jaw-dropping. The black frog had yellow spots and orange patches by its legs and the local guides asked us to stand back as they believed it was venomous. The ground had been sandy until then but we started to move to an area where the floor was rocky and Sérgio explained the housing would be constructed on this type on land. We finally got to the construction site which had a marvellous view of the chapada and we discussed how the housing would look with verandas and living spaces directed to the view and the room at the back for privacy in the cerrado vegetation. Henrique lifted the drone to get photos of the construction area for practical purposes but soon after we also took some shots of the Renault duster driving through the reserve and video of the stunning landscape.

Henrique stayed on the reserve with Marcio, one of Sérgio´s other contacts in the region, and Lindomar to do the difficult hike up the reserve as well as stay there until nightfall to do a nocturnal search.

The rest of the group went to Lake Serra where we swam in a blue lake with a impressive view of the chapada around us and opened a couple of bottles of wine. Small fish would bite peoples skin so we took out the snorkelling gear and took advantage of the transparent water. We spent the afternoon swimming and waited for the sun to set leaving only a silhouette of the mountain formations in the distance. We then went for dinner in town and started to receive news from Henrique that he had found a large termite nest which was full of bioluminescent larva. The photos he took were simply incredible. Unfortunately no bioluminescent mushrooms were found but glowing mycelium on leaves had been found showing potential. Henrique had also photographed the various waterfalls on the hike, a tarantula, a scorpion and had even got up at 4am the next day to get better photographs of the bearded belllbird.










Dia 17

Sérgio e Val, com a ajuda de Raquel, organizaram uma reunião no escritório do Sebrae com potenciais parceiros ou pessoas de interesse para a criação da nova reserva. Isso incluiu pessoas de orgãos ambientais e do setor de turismo. Sérgio fez uma apresentação sobre quem ele era, seus planos para a criação de uma reserva e centro de pesquisa na região, bem como o desenvolvimento de um zoológico em estilo de safári onde a macrofauna, como emas, tamanduás e o famoso lobo Guará, poderiam ser mantidos para os visitantes verem. Ele abriu para feedback e fez perguntas para obter a perspectiva dos habitantes locais. Uma grande oportunidade surgiu nesta discussão, pois havia uma clara necessidade de um centro de reabilitação e soltura na região. Atualmente um animal necessitado de ajuda teria que ser transportado para Palmas, que é muito distante, o que seria estressante para os bichos. Após a apresentação, atravessamos a cidade mais próxima da reserva, Rio da Conceição, e fomos a parte inferior da reserva para visitar o terreno.

A reserva é naturalmente dividida em uma seção superior, como vegetação clássica do Cerrado, onde ficará a infra-estrutura, como alojamento o centro de pesquisa e o safari. A seção inferior, é uma floresta de galeria ao longo do rio com vegetação de especies da Mata Atlântica e da floresta Amazônica mantidas pela maior umidade e fertilidade do solo. Nesta área foram encontradas uma cachoeira e uma caverna. A ligação entre essas duas seções com cerca de 150 metros de diferença de altitude é feita por uma trilha que foi recentemente criada. Para os mais aventureiros (Henrique), há um percurso pela floresta que passa por várias outras cachoeiras e tem partes onde é preciso nadar e escalar para passar.

Neste dia, visitamos apenas a parte inferior, começando por atravessar uma ponte improvisada que oscila mais do que a maioria gostaria. Passamos pelo terreno do Lindomar, vizinho que tem uma pequena casa de adobe (tijolos modados a mão com barro e capim) onde ele fica quando quer fugir de sua casa na cidade. Logo chegamos à caverna em que entramos. A caverna ainda não tinha sido mapeada. Olhamos para dentro de um burraco até a parte inexplorada da caverna onde havia milhares de morcegos e decidimos que hoje não era o dia para mapeá-la. Continuamos caminhando e vimos várias centopéia descansando sob uma grande colônia de cogumelos, que provavelmente come. Henrique recolheu uma centopéia para ver se ela brilharia sob a luz UV. Imran viu o que inicialmente se pensava ser uma Araponga, devido à sua vocalização similar, que na Mata Atlântica é toda branca com uma cara azul. No entanto, depois de inspecionar o vídeo capturado, ele percebeu que não era a araponga comum. Este pássaro era branco com asas negras e uma cara marrom e tinha uma pele flácida na garganta muito peculiar. Nem o Henrique conseguiu identificá-lo, mesmo tendo consultando seu livro "Aves do Cerrado". Mais tarde, descobrimos que era uma araponga do nordeste, extremamente rara, com apenas 16 fotos registradas no WikiAves (a maioria dos pássaros tem milhares nesse banco de dados).

Chegamos à pequena cachoeira no final da trilha, onde vimos um sapo nadando em uma pequena piscina natural. Voltamos ao carro e saímos da reserva para visitar uma grande cachoeira chamada "Cavalo Queimado". No caminho, todos discutimos o nome estranho. Finalmente, Caco recebeu a explicação que ele tanto desejava de um dos guias que é mais ou menos assim. Tribos indígenas viviam nessa área e criavam gado. No entanto, eles perceberam que regularmente uma de suas vacas desaparecia de um dia para o outro. Eles deixaram um vigia uma noite para ver o que estava acontecendo e descobriram que um grupo de baianos sempre vinham roubar seu gado. Um dia eles atearam fogo na floresta ao seu redor. Os Baianos conseguiram escapar, mas deixaram seus cavalos amarrados à árvore. Daí surgiu o nome Cachoeira do Cavalo Queimado.



Day 17

Sérgio and Val, with the help of Raquel, had organized a meeting at the Sebrae Office with potential partners or people of interest for the creation of the new reserve. This included people from environmental organs and the tourism sector from the region. Sérgio gave a presentation about who he was, his plans for the creation of a reserve and research center in the region as well as the development of a safari-style zoo where macrofauna, like Emus, anteaters and the famous Guara Wolf, could be kept for visitors to see. He opened up the for feedback and asked questions to get the perspective of the locals. A big opportunity emerged in this discussion as there was a clear need to a rehabilitation or release centre in the region as currently an animal in need of help would have to be transported to Palmas which was very far away which would be stressful for the animals. After the presentation everyone drove passed the closest town to the reserve called Rio da Conceição and over to the bottom section of the reserve to visit the terrain.

The reserve was split into a top section which was classic Cerrado vegetation where the infrastructure like housing and the safari would be located and the bottom section which was Atlantic Forest vegetation where a waterfall and cave were found. The climb between these two sections was about 150 meters difference in altitude which would be done through a trail which was recently created or for the more adventurous (Henrique) could be done through the forest which passed through various other waterfalls and had parts where you had to swim and climb up waterfalls to get passed.

On this day we only visited the bottom section which started by crossing an improvised bridge which wobble more than most would like. We passed Lindomar, the owner of the neighbouring plot of land who was a kind gentleman who had joined us for the presentation, little mud house where he stayed when he wanted to get away from his main house in town. Soon we came to the cave which we entered and saw that through the narrow whole which extended into the undiscovered part of the cave there were thousands of bats. We continued walking and saw various millipedes resting under a large colony of mushrooms, which it most likely eats. Henrique collected one to see if it would glow under UV light. Imran spotted what was first thought to be a regular Araponga or Bellbird due to its similar vocalization which in the Atlantic Forest was all white with a blue face. However, after inspecting the video he captured he realised that it was not the same as this bird had very strange flapping skins on its throat and was white with black wings and a brown face. Not even Henrique could identify it, he even checked in his book of “Bird of the Cerrado” and couldn’t find it. It was later found to be a Bearded Bellbird which is extremely rare, with only 16 photos registered in WikiAves (most birds have many thousands in this database).

We reached the waterfall at the end of the trail where we saw a frog swimming in a little natural pool. We returned to the car and headed off the reserve to visit a large waterfall named “Burnt Horse”. On the drive there we all discussed what a strange name that was. Finally, Caco got the explanation from one of the guides he so badly wanted which goes something like this. Indigenous tribes, known as “Indios” or Indians in common Brazilian dialect, used to live in this area and raised cattle. However, they realised that regularly one of their cows would go missing from one day to the next. They left a watchman one night to see what was going on and they discovered a group of Baianos, from Bahia, would always come to steal their cattle. One nigh they set fire to the forest around them but the Baianos managed to escape but they left their horses which were tied to tree. Hence the name Waterfall of Burnt Horses.












Dia 16

Acordamos cedo com mais 800 km à nossa frente. Para colocar isso em perspectiva, é cerca de uma vez e meia o comprimento da costa de Portugal para dirigir em um dia. A boa notícia foi que o destino era a nova Reserva do Cerrado do IPBio, onde ficaríamos três noites para descansar de toda essa viagem. Na rota, visitamos a adorável cidade de Palmas. O estado do Tocantins foi criado em 1988, quando se separou de Goiás e, com essa independência, Palmas foi construida para se tornar a capital do estado. A rapidez com que metrópole foi erguida é espetacular. Uma ponte pairava sobre o lago com belas praias. Como a cidade foi criada recentemente, era evidente que ela foi bem planejada, com uma avenida larga que descia até o porto, onde havia barcos turísticos com restaurantes e uma pequena área verde. Alguns se sentaram para fazer um piquenique, enquanto outros foram buscar Açaí. Toka mencionou que ele tinha visto um tucano e uma iguana. Imran e Henrique imediatamente pararam o que estavam fazendo para procurá-los. Não achamos o tucano mas a iguana foi vista subindo em uma árvore e eles correram para filmar. Quando os dois olharam para cima, perceberam que a árvore estava coberta de iguanas. Quanto mais você olha, mais você vê! Uma senhora, comendo à mesa com o marido e a filha, chamou-os perguntando: “Vocês são biólogos? Venham rápido, tem um macaco aqui ”. Eles agradeceram e correram para filmar o sagüi que pulava de galho em galho como um trapezista do Cirque du Soleil. Eles voltaram a mostrar sua gratidão à mulher e, durante a conversa, o marido recomendou que visitassem o Parque Cesamar, pois ele havia visto muitas capivaras lá naquela manhã. Sérgio foi facilmente convencido a passar por aí antes de continuarmos nossas viagens. Quando chegamos ao parque, perguntamos a algumas crianças onde encontrar as capivaras e eles nos informaram que estavam muito longe. Como fazia muito calor e não tínhamos tempo, Henrique e Imran se ofereceram para correr até lá para filmar. Finalmente, vimos um grupo de mais de 30 capivaras do outro lado do rio que estavam tomando banho de sol. Percebemos que não conseguiríamos chegar ao outro lado a tempo, então montamos nossas câmeras e tiramos fotos à distância. Enquanto voltávamos para encontrar o resto do grupo, mais saguis apareceram.

A viagem continuou em direção a Natividade. Na estrada, vimos uma grande jabuti atravessando lentamente a estrada. Parece que o coelho havia vencido. Em Natividade, visitamos as ruínas da igreja local e caminhamos pelas ruas da pitoresca cidadezinha. Paramos em uma loja de artesanato e biscoitos. O proprietário explicou que a sua avó adorava assar biscoitos que se tornaram uma febre na cidade. No começo, ela pedia que as pessoas lhe trouxesse os ingredientes e os preparava para eles, mas logo a demanda se tornou muito grande, e ela abriu uma padaria. A filha e agora a neta tinha mantem as receitas originais até hoje. Além disso, tinham jóias artesanais feitas de capim dourado. Depois fomos jantar em um restaurante chamado Casarão que tinha o mesmo nome do restaurante da Val em Iporanga. A comida era deliciosa, a maioria das pessoas compartilhou seu famoso prato, que era arroz com carne de sol, queijo e coberto com banana da terra. Seguimos para Dianópolis, a cerca de 30 km da nova reserva, onde nos instalamos no hotel.

Day 16


We woke up early with another 800km ahead of us. To put that in perspective it is about one and a half times the length of coast of Portugal of driving in one day. The good news was that the destination was the new IPBio Cerrado Reserve where we would stay for three nights to rest up from all this travelling. On route we visited a lovely city of Palmas. The state of Tocantins was created only 40 years ago when it separated from Goias and with this independence Palmas was created and soon after became the capital of the state. Humanities shared genes with termites kicked in and in only a few decades later a metropolis had been erected. The city was truly spectacular combining nature with human ingenuity. A bridge hovered over the lake which had beaches on either side. As the city was created so recently, it was apparent that it has been well planned with wide road which flowed down to port where there were restaurants on boats and a little park. Some sat to have a picnic while others went to get Acai. Toka mentioned he had photographed a stunning toucan and seen an iguana so Imran and Henrique immediately stopped what they were doing to search for it. One was spotted running up a tree so they ran over to film it. As they both looked up, they realised the tree was covered with Iguanas. The more you looked, the more you saw! A lady, eating at a table with her husband and daughter, called out to them asking “Are you biologists? Come quick, there is a monkey here”. They thanked her and ran over to film the speedy marmoset who hopped from branch to branch like a Circe du Soleil trapeze artist. They returned to show their gratitude to the lady again and during the conversation her husband recommended they visit Parque Cesamar as he had seen lots of capybaras there that morning. Sérgio was easily convinced to stop there before we continued our travels. As we arrived at the park, we asked some kids where we could find the capybaras and they informed us it was quite a hike. As it was very hot and we did not have much time, Henrique and Imran volunteered to run over to film them. Finally, we spotted group of over 30 capybaras across the river who were rolling around and sun bathing. We realized that we wouldn’t be able to make it over to the other side in time so we set up our cameras and toom shots from a distance. As we walked back to meet the rest of the group, more marmosets appeared.

The trip continued in direction to Natividade. On the road we saw a large jabuti tortoise slowly crossing the road, it appears the rabbit had won. In Natividade we visited the local church ruins and walked the streets on the quaint little town. We stopped at an artisanal shop where the owner explained how her mother loved to bake and soon her cookie became the talk of the town. At the start she would ask people to bring her the ingredients and she would make it for them but soon the demand became to much to handle so she opened up the bakery and that she still uses her mothers recipes to this day. In addition they had lovely artisanal pieces of jewellery made of golden grass. We then went for dinner at a restaurant called Casarão, like Val´s restaurant in Iporanga. The food was delicious, most people shared their famous plate which was rice with sun dried meat, cheese and topped with banana. We head to Dianopolis, about 30km from the new reserve, where we settled into our hotel.









Dia 15

Com 800 km de estrada de Altamira para Araguaína, acordamos às 6h para sair às 7h. Todo mundo fez alguns sanduíches extras no café da manhã para a viagem, pois não poderíamos parar muito. Atravessamos do Pará para o Tocantins, nosso sexto estado nesta viagem. Sérgio comprou a 3ª reserva do IPBio nesse estado denominada IPBio - Reserva Tamanduá. Para chegar a Tocantins, tivemos que atravessar o rio Araguaia por balsa com nossos carros. Chegamos a Araguaína à noite e imediatamente fomos a um restaurante de pizza e hambúrguer e logo depois descansamos, pois tínhamos uma longa viagem no dia seguinte também.



Day 15

With 800/km to drive from Altamira to Araguaina we woke up at 6am to leave by 7am. Everyone took some extra sandwiches from breakfast for the drive as we wouldn’t be able to stop a lot. We crossed into our 6th state from Pará into Tocantins which is the state where Sérgio had purchased the 3rd IPBio reserve named IPBio – Reserva Tamandua (which translated to Anteater Reserve). To get into to Tocatins we had to cross River Araguaia via floating boat with our cars. We arrivied in Araguaina at night and immediately went to a pizza and burger restaurant and immediately after rested as we had a long drive the next day as well.



Dia 14

Ione havia nos reservado uma excursão em Belo Monte, que é a segunda maior hidrelétrica do Brasil. Ione havia trabalhado no projeto e acreditava que era um bom exemplo de como a energia, que é muito necessária em um Brasil sempre crescente, poderia ser gerada com um impacto ambiental razoável.

O projeto original na década de 1970 foi fortemente criticado, pois possuía várias barragens adicionais a montante com grandes reservatórios que inundariam áreas maciças de floresta e afetariam 9 ou 10 reservas indígenas. No entanto, os novos planos do projeto foram substancialmente mais eficientes por seguintes motivos. A usina de 18 turbinas de Belo Monte sempre seria eficiente, pois os dois fatores que afetam a produção de energia de uma barragem são a vazão de água e o diferencial de altura que a água cai. Com uma queda natural de 90 metros, isso fez do local uma escolha perfeita. Além disso, Belo Monte foi originalmente concebido para funcionar durante todo o ano, o que exige que grandes reservatórios armazenem água acumulada para a estação seca, mas os novos projetos funcionam apenas na estação chuvosa. Isso é importante por alguns motivos. Em primeiro lugar, isso significava que não havia necessidade de enormes reservatórios, pois só funcionaria com sua capacidade de produção de energia mais eficiente quando houvesse naturalmente mais água. Em segundo lugar, o projeto foi integrado à rede nacional de energia, o que significa que, ao contrário da maioria das reservas que precisam funcionar o ano todo para fornecer energia de forma consistente, Belo Monte foi posta em posição de trabalhar apenas na estação com eficiência de chuvas, conforme os requisitos básicos de energia do país poderia ser coberto por outras usinas. Isso permitiu um projeto com muito menos impacto ambiental. O número de usinas foi limitado a apenas duas, reduzindo as inundações florestais e preservando as terras indígenas. Um canal artificial foi construido, com volume de escavação maior que o do Canal do Panamá, desviando a água das terras indígenas que não eram mais inundadas. No entanto, reduziu a água apenas para o período da estação seca, afetando os hábitos de criação de peixes e os padrões de pesca dos povos indígenas. No entanto, essa foi uma melhoria significativa em relação à inundação de 9 a 10 reservas indígenas no projeto original. Ninguem questiona que usinas têm custo ambiental e social, a questão é se os beneficios da produção de energia compensam.

Fomos recebidos por uma guia muito efusiva chamada Maria, que conduzia os passeios na usina. Ela explicou como funcionava e a história de sua construção, além de nos mostrar alguns documentários curtos. Em seguida, entramos para ver o interior da usina e as áreas em que eles fazem manutenção e monitoramento das turbinas. Finalmente, fomos para o topo da barragem, onde tínhamos uma vista deslumbrante do reservatório de um lado e dos enormes tubos com as turbinas, do outro. No início da construção, 30.000 pessoas foram contratadas, mas agora, para mantê-la, restam apenas 3.000. Também fizemos um tour pela vila onde os trabalhadores moravam, o que foi impressionante, pois as casas eram bastante agradáveis ​​e eles literalmente desenvolveram uma pequena cidade ao redor da barragem com bancos, lojas e restaurantes.



Day 14

Ione had booked us a tour at the Belo Monte which is the second largest hydroelectric dam in Brazil. Ione had worked on the project and believed it was a good example of how energy, that is much needed in an ever-growing Brazil, could be generated with a reasonable environmental impact.

The original project in the 1970´s was heavily criticized as the project had various additional dams upstream with large reservoirs which would flood massive areas of forest and would affect 9 or 10 indigenous reserves. However, the new project plans were substantially more efficient for a couple of reasons. Belo Monte 18-turbine powerplant was always going to be efficient as the two factors that affect energy production of a dam is the quantity of water and the height differential that the water drops. With a natural drop of 90 meters this made the location site a perfect choice. In addition, Belo Monte was originally meant to work all year long which requires large reservoirs to stock pile water for the dry season but the new projects only functions in the wet season. This is important for a couple of reasons. Firstly, this meant that the there were no need to enormous reservoirs as it would only work at its most efficient energy production capacity when there was naturally more water.  Secondly, the project was integrated in the national energy network which meant that unlike most reserves that need to run all year long to provide energy consistently, Belo Monte was put in a position to only work in the wet-efficient season as the basic energy requirements of the country could be covered by other powerplants. This allowed for a project with much less environmental impact. The number of dams was limited to only 2 reducing forest flooding and preserving indigenous lands. An artificial canal was excavated larger than the Panama Canal which diverted from the indigenous lands which no longer got flooded, however, did reduce water to only dry season period impacting fish breeding habits and the indigenous people fishing patterns. However, this was a massive improvement than 9-10 flooded indigenous reserve. No one argues that the hydroelectric dams do not come at an environmental and social cost, the question is whether the benefits in energy production outweigh them.

We were met by a lady named Maria who conducted the tours who was very jolly. She explained how the dam worked and the history of its construction as well as showed us some short documentaries. We then went inside to see the inside of the powerplant and the areas where they do maintenance and monitoring of the turbines. Finally, we went to the top of the dam where we was a stunning view of the reservoir and behind us the enormous tubes with the turbines. At the start of the construction 30,000 people were hired but now to maintain it only 3,000 remain. We also got a tour of where the workers lived on site which was impressive as the houses were quite nice and they had literally developed a little town around the dam with a banks, shops and restaurants.






Dia 13

Joe pediu ajuda a Henrique para fotografar seu novo hotel para fins de marketing. Quando voltaram, o grupo que ficou na casa de Joe se despediu dele e agradeceu por nos receber. Fomos então encontrar o resto do grupo no Hotel Barruduada onde eles haviam se hospedado. Sérgio estava tendo uma reunião com o filho de Eliane, que é um candidato em potencial para trabalhar na reserva, quando o aquário estiver instalado. Os outros estavam arrumando os carros para a partida. Pegamos estradas locais em vez da rodovia federal, pois a rota era muito mais curta e passamos por uma represa em Uruara. Infelizmente fomos alcançados pela chuva assim que atingimos a parte de terra da estrada local, que  logo se tornou lama mole e escorregadia. Nossos carros começaram a derrapar e deslizar. Houve alguns incidentes, mas todos nós conseguimos sobreviver. Na estrada, avistamos uma Jacutinga, um pássaro em extinção. Chegamos à Transamazônica, BR-230, que é a estrada principal da Amazônia, e seguimos para o nosso destino para pernoite,  Altamira. Isso foi bastante decepcionante para todos, pois esperávamos uma estrada difícil de lama vermelha imersa na floresta, como prometido nas fotos, mas nos deparamos com boas estradas cruzando terras agrícolas, com pequenos trechos de estrada de terra e de floresta. Mais uma vez, a destruição da floresta era aparente demais. No entanto, começamos a pensar que ao longo das estradas houve mais colonização devido ao acesso facilitado, mas se você sair das estradas, encontrará ainda floresta intocada. Independentemente disso, era uma experiência chocante e a invasão humana era clara, com áreas desmatadas ou queimadas sempre ultrapassando os limites da “civilização” humana. Chegamos a Altamira, comemos e fomos dormir.



Day 13

Joe had asked Henrique for some help photographing his new hotel for marketing purposes so they woke up early. Once they returned, the group staying at Joe´s house all said goodbye to Joe and thanked him for hosting us. We then went to meet the rest of the group at the Barrudada Hotel which they had moved to. Sérgio was having a meeting with Eliane´s son who is a potential candidate to work at the reserve when the aquarium is set up. The rest were packing up their cars and soon after we hit the roads. We took local roads rather than the BR motorway as the route was much shorter and passed by a dam to Uruara. We unfortunately got stuck in rain as soon as we hit the part of the local road which was a dirt road which soon became mud. Our cars started to slip and slide. There were some close calls but we all made it alive. On the road a Jacutinga, an endangered bird was spotted. We got onto the Transamazonica BR-230 which is the main road through the Amazon and headed to our destination for the night of Altamira. This was quite disappointing to all as we were expecting a rough road of red mud immersed in the forest as promised in the photos but were meet by good roads with farm lands which small patches of dirt road and forest. Once again, the destruction of the forest was all too apparent. However, we started to think it must be that by the roads there has been more colonization due to transport access but if you get off the roads then it is more untouched forest because the numbers didn’t make sense. About 80% of the Amazon still remains but if you did a survey of the roadside you would say only 25% remains as the rest is farmland or agriculture so it must be the case. Regardless, it was a shocking site and human encroachment was clear with deforested or burnt areas ever pushing the boundaries of human “civilization”.  We arrived in Altamira, ate and went to bed.




Dia 12

A manhã começou com nuvens cinzentas, mas sem chuva, então nos encontramos no porto de Alter do Chão às 8h30 para fazer o passeio de barco com um guia chamado André. Todos dissemos parabéns a Caco, que tinha acabado de completar 34 aninhos bem vividos. A rota seria o Canal do Jari, Ponta de Pedras e Ponta do Cururu para o pôr-do-sol. No caminho para o canal, vimos golfinhos cinzentos nadando na lateral do barco. Assim que entramos no canal, um jacaré verde e amarelo foi visto na margem do rio mas logo pulou na água, para que pudéssemos apenas fotografar seus olhos saltando para fora. Havia tantas espécies de aves que eu não posso nem tentar nomear as que vimos! Certa vez, estávamos olhando um pássaro marrom deslumbrante, com um pescoço longo chamado Socó-boi, posando pitoresco em um tronco de árvore, quando percebemos que logo atrás dele havia uma iguana gigante. Eles se encararam e a iguana fugiu do pássaro.

Paramos em uma praia para fazer uma trilha onde é comum ver macacos e bichos-preguiça. O guia explicou que, na estação das chuvas, esse passeio era feito de canoa, embora houvesse menos vida silvestre, pois os animais fugiam para áreas secas. Um bando de Saimiri cruzou o caminho e logo após outro bando o seguiu. Conseguimos algumas fotos impressionantes. Houve um tempo em que havia cerca de 10 macacos nos cercando a apenas um metro de distância. Vimos um total de 3 preguiças e até filmamos uma refeição. Também vimos a noz de Sapucaia, que foi envolvida por uma casca lenhosa enorme, no formato de uma urna, do tamanho de uma cabeça de homo habilis. Voltamos à recepção, onde vimos o crânio de um jacaré de 5 metros de comprimento.

Continuamos de barco pelo canal e descemos para outra pequena caminhada para ver as Vitorias Regias. Uma família nos esperava na entrada da trilha com o grande papagaio verde de estimação que vivia solto. Na trilha, podíamos ver claramente a marcação nas árvores até onde a água subia que era acima da nossa cabeça. Chegamos ao lago com as grandes e lindas folhas da planta que repousavam na água e começavam a brotar suas flores rosa. Algumas das folhas tinham mais de um metro e meio de diâmetro. Henrique finalmente teve a chance de pegar o drone e tirar algumas fotos aéreas.

No caminho de volta, mais pássaros foram vistos. Inúmeras águias, patos nativos e vários Ardeidios (um nome científico sofisticado para pássaros de pescoço comprido). Também vimos uma iguana nadando no canal e tivemos a sorte de observar a outra espécie de golfinho, a saber, os boto cor de rosa.

Depois fomos para Ponta de Pedras, onde ficava uma bela formação rochosa entre o rio e a areia. Comemos, nadamos e discutimos política.

Chegamos a uma praia deslumbrante chamada Ponta do Cururu. Uma pequena ilha havia se formado no final da praia. Caminhamos do continente até a ilha por uma faixa estreita de areia em águas muito rasas. Muitas pessoas vieram a este local para ver o pôr-do-sol, que acabou por não ser muito impressionante, pois as nuvens cobriam a vista e os barqueiros precisavam voltar antes que escurecesse devido à legislação. Nem deu para esperar para ver o fim do pôr-do-sol. Felizmente, a vista era tão impressionante, independentemente do pôr do sol, que subimos o drone para obter ótimas fotos. Como o barqueiro estava com pressa de não infringir a lei, voltamos muito rápido, o que deixou Kitty levemente traumatizada com o barco saltando e borrifando água por todo o lado.

Enquanto estávamos em nossas aventuras, Val e Sérgio estavam com um geólogo na reserva para definir o local para a perfuração de um poço artesiano que irá alimentar o futuro aquário.

Voltamos à casa de Joe, onde Val preparou uma refeição deliciosa para nossa última noite em Alter do Chão e para comemorar o aniversário de Caco. Caco havia consumido muitas doses de cachaça e estava bastante embriagado, então foi descansar logo após comer. Val preparou uma original entrada com bruschetas de jambu com queijo. O Jambu é uma planta deliciosa que dá uma sensação de entorpecimento na boca quando consumida. O prato principal era pirarucu e surubim grelhados, acompanhados de legumes cozidos e uma farofa de feijão de corda com pimenta de cheiro e chicória, o que foi maravilhoso. Caco voltou para o seu bolo de aniversário, seguido de brindes e discursos de Joe, Sérgio e Eliane. A noite terminou cedo, pois teríamos que dirigir no dia seguinte.



Day 12

The morning started with grey clouds over head but no rain so we met up at the port in Alter do Chão at 8.30am to catch a boat tour with a guide called André. We all said happy birthday to Caco who had just turned 34 years old. The route would be Canal do Jari, Ponta de Pedras to Ponta do Cururu for sunset. On the way to the canal we saw grey river dolphins swimming of the side of the boat. As soon as we entered the canal a green and yellow caiman was spotted on the bank of the river which soon jumped into the water so we could only photograph its eyes popping out. There were so many bird species I can’t even attempt to name the species we saw! One time we were looking a stunning brown bird with a long neck called a Soco-boi posing picturesquely on a tree trunk when we all realised that right behind it was a giant Iguana. Soon they locked eyes and the bird scared away the iguana.

We stopped on a beach where we were going to do a trail which attracts people as it is common to see monkeys and sloths and they kept their promise. The guide explained that in the raining season this tour was done by canoe although there was less wildlife as the animals would flee to dry areas. About 5 minutes into the tour a band of squirrel monkeys crossed out paths and soon after another band. We manage to get some awesome shots. There was a time were there we about 10 monkeys surrounding us with only a meter of distance. We saw a total of 3 sloths and even filmed one eating. We also saw the Sapucaia nut which came enclosed in a massive shell about the size of a homo habilis head. We return to the reception where we saw the skull of a 5-meter-long caiman.

We continued by boat down the canal and got off for another small hike to see the Victoria regis lotus leaves. A family awaited us at the entrance of the trail with the large green pet parrot which was not caged but stuck around with them. On the trail we could clearly see the marking of the trees where the water went up to which was shocking as it went over our heads meaning that this whole area which was now dried mud would be completely underwater in June. We arrived at the pond with the large beautiful lotus leaves which rested on the water and were starting to sprouted their pink flowers. Some of the lotus leaves were over a meter and a half in radius. Henrique finally got a chance to take up the drone and get some aerial photos.

On the way back even more birds were seen. Countless eagles, native ducks and various Ardeidios (a fancy scientific name for long necked birds). We also saw an iguana swimming across the canal and were lucky enough to another species of dolphin namely the pink river dolphins.

We then went to Ponta de Pedras where a beautiful rock formation stood between the river and the sand. We ate, swam and discussed politics.

We arrived at a stunning beach called Ponta do Cururu. A small island had formed at the end so you could walk from the mainland to the island walking through a narrow sliver of beach in very shallow water. Many people had come to this spot for the sunset which turned out to not be very impressive as clouds covered the view and the boat men needed to make it back before dark due to the fluvial legislation so we didn’t even wait until the sun actually set. Luckily the view was so stunning independent of the sunset that we sent up the drone to get some great shots. As the boat man was in a rush to not break the law we drove back very fast which left Kitty slightly traumatized and the boat bounced around and was spraying water all over us.

While we were on our adventures, Val and Sergio were with a geologist in reserve to set the site for drilling an artesian well that will feed the future aquarium.

We head back to Joe´s house were Val had prepared a delicious meal for our last night in Alter do Chão and to celebrate Caco´s birthday. Caco had consumed one too many cachaça doses and was rather inebriated so went to rest right after eating. Val had prepared a delicious starter on toasts with jambu and cheese. Jambu is a plant which is delicious and gives a numbing sensation when eaten. The main course was grilled pirarucu and surubim accompanied by some delicious cooked vegetables and a farofa with small green beans which was wonderful. Caco came back down for his birthday cake which were followed by toasts and speeches given by Joe, Sérgio and Eliane. The night ended early as we had to drive the next day.