terça-feira, 3 de dezembro de 2019


Dia 3

O grupo Interbio se reúne no salão do café da manhã às 9h30min. O café da manhã foi interrompido pelo aparecimento de três araras, que voaram pela janela e se estabeleceram no topo de palmeiras mortas. Sérgio explicou que era muito comum que araras usassem essas palmeiras para seus ninhos. Todos os fotógrafos pararam de comer e passaram o resto do café da manhã fotografando esses pássaros deslumbrantes que haviam construído suas casas no meio da cidade.

Às 10h, o guia, chamado Nélio, chegou ao hotel pronto para começar nossa aventura no Parque Nacional das Emas. No caminho, paramos na entrada de Mineiros, que possui um portal de promoção do Parque, cercado por grandes esculturas de animais famosos da região, como o tatu canastra, o tamanduá e, claro, as emas que deram nome ao parque.

 No caminho para o parque, a devastação do ambiente natural era óbvia. As plantações intermináveis ​​de soja se estendiam quilômetro após quilômetro. Aparentemente, essas plantações também são usadas para o milho em determinados períodos do ano, quando o clima é mais apropriado para esta cultura. No meio do campo, vimos um grupo de animais vagando e, quando nos aproximamos, percebemos que era um grupo de emas. Esses grandes pássaros que não voam tornaram-se um avistamento comum nesse ambiente, o que era irônico, já que no Parque das Emas não os vimos. Salvador brincou: “ por que eles estariam no parque se é aqui que eles tem um suprimento de soja?”.
Chegamos aos portões da entrada do parque e, assim que saímos do carro, tentamos filmar um lagarto de cabeça azul e corpo verde que se afastava. Fomos recebidos por alguns dos funcionarios do parque, que também tinham uma pequena barraca onde vendiam produtos relacionados ao parque. Reunidos em torno de um mapa do parque, ouvimos Nélio nos contar nossos planos e dar um pouco de informação sobre o bioma Cerrado. Antes de ele começar uma maria faceira, um pássaro claro de pescoço comprido, nos sobrevoou e paramos para filmar.  No processo, encontramos o ninho onde ela cuidava de dois filhotes.

Após a distração, voltamos ao discurso de Nélio sobre o manejo do parque, a importância da área como nascente de rios que abastecem algumas das principais bacias hidrográficas do país e a história do parque que teve sua área muito reduzida em tamanho, com a consequente redução na vida silvestre, como os tamanduás. Sérgio então acrescentou que um fator que contribuiu para esta redução foi um incêndio que devastou todo o parque alguns anos atrás, do qual parece nunca ter se recuperado plenamente. Sérgio continuou explicando que os incêndios florestais são uma parte necessária do ambiente natural do bioma Cerrado. Muitas plantas tem sua florada estimulada pelo fogo e algumas sementes germinam após as queimadas. Apesar da destruição da parte aérea mas são aqueles que ocorrem uma vez a cada 5 anos ou mais e não cobrem todo o parque, mas sim áreas mais restritas. Quando a discussão estava chegando ao fim, duas araras voaram para uma árvore perto de nós e outra sessão de fotos se seguiu.

Após a sessão de fotos, voltamos aos SUVs em direção ao rio Formoso. Paramos para comer frutas de gabiroba, deliciosamente doces, da mesma família da goiaba. Paramos para ver pegadas de emas e antas. A anta é o maior mamífero terrestre da América do Sul. À medida que nos aprofundamos no parque, começamos a ver o clássico cerrado de mato baixo. Paramos novamente para experimentar outra fruta chamada guapeva, com sabor de coco e vimos um trepadeira de jalapa, uma flor rosa que só floresce na primavera.

Nélio explicou que 90% da biomassa do cerrado é subterrâneo. Os arbustos que vemos acima do solo são apenas os pequenos galhos e frutos que emergem, mas a maior parte da árvore está completamente sob a terra.

O caminho continuou e vimos uma coruja-buraqueira fazendo sua casa. Também paramos em um trecho do Cerrado , onde havia árvores altas da Mata Atlântica e da Amazônia. Estas florestas existem ao longo da várzeas do rio formando um verdadeiro corredor associado ao solo mais fértil e úmido. 

Tivemos que voltar para o carro rapidamente porque milhões de moscas minúsculas nos cercaram até o ponto em que não se podia abrir os olhos sem que eles entrassem.

Paramos para o almoço em um restaurante de caminhoneiros que serve comida caseira deliciosa.
Do carro era possível avistar chuvas isoladoas em vários pontos ao longo do horizonte à nossa volta.
Freiamos subitamente... UM VEADO! Uma femea deslumbrante apareceu e como não tinha medo, nós todos saímos para filmar esse encontro maravilhoso. Foi um momento verdadeiramente mágico. Voltamos para o carro, mas apenas 2 minutos depois tivemos que parar novamente, pois dessa vez um macho, com seus chifres afiados, foi avistado. Ficamos todos tão felizes de ter dado tanta sorte. Continuamos dirigindo e encontramos mais 2 veados logo a seguir, mas nessa altura estávamos ficando entediados como tantos veados que passamos por eles sem parar.

Na volta fomos observar o fenomeno famoso dos cupinzeiros que brilham, pois esses ninhos de cupins atraem larvas de vagalumes bioluminescentes. As larvas usam o monte e seu brilho como forma de atrair presas das quais se alimentam. Paramos para deixar o Henrique fotografar esse fenômeno incrível. Chovia forte e ficou dificil mas o Henrique consegui uma foto legal.
O caminho de volta foi perigoso mas divertido. Salvador decidiu dirigir extremamente rápido pelas poças profundas para filmar o spray no para-brisa. Quando Ione dirigia rodou com o carro. O Toka fez chantagem com ela por dois dias em troca de não contar ao resto do grupo. Finalmente se cansou e anunciou publicamente a rodada para todos no grupo para parar o tormento.



Day 3

The Interbio group meet in the breakfast hall on the hotel at 9.30am. Breakfast was interrupted by the appearance of 3 Araras which flew across the window and settled at the top of dead palm trees. Sérgio explained that it was very common for Araras to use these palm trees for their nests. All the photographers stopped eating and spent the rest of breakfast photographing these stunning birds which had made their homes in the middle of the city.

At 10am the guide, called Nelio, arrived at the hotel ready to start our adventure to the Emas National Park. On the way we stopped by the entrance of Mineiros which has a large sign promoting the Park which was surrounded by large sculptures of famous animals from the region such as the armadillo, the anteater and of course the emas which the park is named after.

As we drove to the park, the devastation of the natural environment was obvious. Never ending soya plantations stretched kilometer after kilometer. Apparently, these plantations are used for corn also in certain periods of the year when the weather is more appropriate for the harvest. In the middle of the field, we saw these large pack of animals roaming and as we got close we realized it was a group of emus. These large flightless birds became a common sighting in this environment which was ironic as in the Park of Emas we didn’t see any. Salvador joked “well why would they be the park when the have a food supply served out to them”.

We arrived at the gates of the park entrance and as soon as we stepped out the car a blue headed and green bodied lizard scuttled away which we tried to film.  We were met by some of the park guards who also had a little stall where they sold park related products. We gathered around a map of the park where Neilo was going to tell us our plans and give a little information about the Cerrado biome. Before he began a Maria Facera, white bird with a long neck, flew over and we stopped to film it and, in the process, found her nest where she was caring for her two babies.

After the distraction we returned to Neilos speech about the management of the park, the importance of the area as a pathway for Brazils river and the history of the park which had been reduced in size and consequently seen a reduction in wildlife such as anteaters. Sérgio then added that a contributing factor was a fire that ravaged the whole park some years back which never seems to have recuperated from. Sérgio continued by explaining that forest fires are a natural and needed part of the natural environment of the cerrado biome. Many seeds need fire to even germinate, but these are fire that occur once every 5 years or so and do not cover the whole parks area but are more confined. As the discussion was coming to an end, 2 Araras flew into a tree right by us so another photo session followed.

After the photo shoot we got back into the SUVs in the direction on the river. We stopped to eat gabiroba fruits which were deliciously sweet and from the same family as guava. We stopped to see emus and tapir footprints. The tapir in the largest terrestrial mammal in South America. As we got deeper into the park we started to see the classic low bush Cerrado. We stopped again to try another fruit called guapeva which tasted like coconut and saw a Jalapa (trepadeira) which is a pink flower that only flowers in the spring.

Nelio explained that Cerrado 90% of the biomass of cerrado is underground. The shrub that we see above ground is just the little branches and fruit that emerge but most of the tree in completely under the earth.

The drive continued and we saw a burrowing owl making its home. We also stopped in a patch in the middle of low bush where there were tall trees from the Atlantic Forest and Amazon.  These forests exist along the border of rivers which form corridors due associated with fertile and humid soil. We had to rush back to the car as literally million of tiny flies had surrounded us to the point where you couldn’t open your eyes without them getting in.

We stopped for the lunch at a trucker’s diner which turn out to serve delicious home-made food.
The view from the window was spectacular most noticeably because you could see the horizon 360 degrees which also meant you could see where it was raining as in the distance you should see the showers occurring in different and distant locations.

We drove back into the park again in direction of the river where we would stop for a picnic.
We hit the breaks hard… A DEER! A stunning female appeared and she was not risk averse so we all got out to film this wonderful encounter. It was a truly magical moment. We got back in the car but only 2 minutes later we had to stop again as this time a male, with it sharp horns, was spotted. We were all so happy that we got so lucky. We continued driving and found 2 more deer’s but by this time we were getting bored (just joking) and drove right past them.

Through the whole drive little million of termite nests, some over 2.5 meters in height, are seen which the cerrado is famous for as these termite nests attract larvas of fireflies which are bioluminescent so these termite nest glow. The larvas use the mound and their glow as a way to attract prey which they feed on. As we drove back we stopped to photograph this incredible phenomenon even though it was pouring with rain. The drive back was fun to say the least. Salvador decide to drive extremely fast through the deepening puddles to film the spray on the wind shields. Ione span the Duster and was extorted by Toka in return for not telling the rest of the group (which she finally got tired of and announced the spin to everyone at breakfast the next day to stop the torment).

















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