Dia 3
O grupo Interbio
se reúne no salão do café da manhã às 9h30min. O café da manhã foi interrompido
pelo aparecimento de três araras, que voaram pela janela e se estabeleceram no
topo de palmeiras mortas. Sérgio explicou que era muito comum que araras usassem
essas palmeiras para seus ninhos. Todos os fotógrafos pararam de comer e
passaram o resto do café da manhã fotografando esses pássaros deslumbrantes que
haviam construído suas casas no meio da cidade.
Às 10h, o
guia, chamado Nélio, chegou ao hotel pronto para começar nossa aventura no
Parque Nacional das Emas. No caminho, paramos na entrada de Mineiros, que
possui um portal de promoção do Parque, cercado por grandes esculturas de
animais famosos da região, como o tatu canastra, o tamanduá e, claro, as emas
que deram nome ao parque.
No caminho para o parque, a devastação do
ambiente natural era óbvia. As plantações intermináveis de soja se estendiam
quilômetro após quilômetro. Aparentemente, essas plantações também são usadas
para o milho em determinados períodos do ano, quando o clima é mais apropriado
para esta cultura. No meio do campo, vimos um grupo de animais vagando e,
quando nos aproximamos, percebemos que era um grupo de emas. Esses grandes
pássaros que não voam tornaram-se um avistamento comum nesse ambiente, o que
era irônico, já que no Parque das Emas não os vimos. Salvador brincou: “ por
que eles estariam no parque se é aqui que eles tem um suprimento de soja?”.
Chegamos
aos portões da entrada do parque e, assim que saímos do carro, tentamos filmar um
lagarto de cabeça azul e corpo verde que se afastava. Fomos recebidos por
alguns dos funcionarios do parque, que também tinham uma pequena barraca onde
vendiam produtos relacionados ao parque. Reunidos em torno de um mapa do parque,
ouvimos Nélio nos contar nossos planos e dar um pouco de informação sobre o
bioma Cerrado. Antes de ele começar uma maria faceira, um pássaro claro de
pescoço comprido, nos sobrevoou e paramos para filmar. No processo, encontramos o ninho onde ela
cuidava de dois filhotes.
Após a
distração, voltamos ao discurso de Nélio sobre o manejo do parque, a
importância da área como nascente de rios que abastecem algumas das principais
bacias hidrográficas do país e a história do parque que teve sua área muito
reduzida em tamanho, com a consequente redução na vida silvestre, como os
tamanduás. Sérgio então acrescentou que um fator que contribuiu para esta
redução foi um incêndio que devastou todo o parque alguns anos atrás, do qual
parece nunca ter se recuperado plenamente. Sérgio continuou explicando que os
incêndios florestais são uma parte necessária do ambiente natural do bioma
Cerrado. Muitas plantas tem sua florada estimulada pelo fogo e algumas sementes
germinam após as queimadas. Apesar da destruição da parte aérea mas são aqueles
que ocorrem uma vez a cada 5 anos ou mais e não cobrem todo o parque, mas sim
áreas mais restritas. Quando a discussão estava chegando ao fim, duas araras
voaram para uma árvore perto de nós e outra sessão de fotos se seguiu.
Após a
sessão de fotos, voltamos aos SUVs em direção ao rio Formoso. Paramos para
comer frutas de gabiroba, deliciosamente doces, da mesma família da goiaba.
Paramos para ver pegadas de emas e antas. A anta é o maior mamífero terrestre
da América do Sul. À medida que nos aprofundamos no parque, começamos a ver o
clássico cerrado de mato baixo. Paramos novamente para experimentar outra fruta
chamada guapeva, com sabor de coco e vimos um trepadeira de jalapa, uma flor
rosa que só floresce na primavera.
Nélio
explicou que 90% da biomassa do cerrado é subterrâneo. Os arbustos que vemos
acima do solo são apenas os pequenos galhos e frutos que emergem, mas a maior
parte da árvore está completamente sob a terra.
O caminho
continuou e vimos uma coruja-buraqueira fazendo sua casa. Também paramos em um
trecho do Cerrado , onde havia árvores altas da Mata Atlântica e da Amazônia. Estas
florestas existem ao longo da várzeas do rio formando um verdadeiro corredor
associado ao solo mais fértil e úmido.
Tivemos que
voltar para o carro rapidamente porque milhões de moscas minúsculas nos
cercaram até o ponto em que não se podia abrir os olhos sem que eles entrassem.
Paramos
para o almoço em um restaurante de caminhoneiros que serve comida caseira deliciosa.
Do carro
era possível avistar chuvas isoladoas em vários pontos ao longo do horizonte à
nossa volta.
Freiamos
subitamente... UM VEADO! Uma femea deslumbrante apareceu e como não tinha medo,
nós todos saímos para filmar esse encontro maravilhoso. Foi um momento verdadeiramente
mágico. Voltamos para o carro, mas apenas 2 minutos depois tivemos que parar
novamente, pois dessa vez um macho, com seus chifres afiados, foi avistado.
Ficamos todos tão felizes de ter dado tanta sorte. Continuamos dirigindo e
encontramos mais 2 veados logo a seguir, mas nessa altura estávamos ficando
entediados como tantos veados que passamos por eles sem parar.
Na volta fomos
observar o fenomeno famoso dos cupinzeiros que brilham, pois esses ninhos de
cupins atraem larvas de vagalumes bioluminescentes. As larvas usam o monte e
seu brilho como forma de atrair presas das quais se alimentam. Paramos para
deixar o Henrique fotografar esse fenômeno incrível. Chovia forte e ficou
dificil mas o Henrique consegui uma foto legal.
O caminho
de volta foi perigoso mas divertido. Salvador decidiu dirigir extremamente
rápido pelas poças profundas para filmar o spray no para-brisa. Quando Ione
dirigia rodou com o carro. O Toka fez chantagem com ela por dois dias em troca
de não contar ao resto do grupo. Finalmente se cansou e anunciou publicamente a
rodada para todos no grupo para parar o tormento.
Day 3
The Interbio
group meet in the breakfast hall on the hotel at 9.30am. Breakfast was interrupted
by the appearance of 3 Araras which flew across the window and settled at the
top of dead palm trees. Sérgio explained that it was very common for Araras to
use these palm trees for their nests. All the photographers stopped eating and
spent the rest of breakfast photographing these stunning birds which had made
their homes in the middle of the city.
At 10am
the guide, called Nelio, arrived at the hotel ready to start our adventure to
the Emas National Park. On the way we stopped by the entrance of Mineiros which
has a large sign promoting the Park which was surrounded by large sculptures of
famous animals from the region such as the armadillo, the anteater and of
course the emas which the park is named after.
As we
drove to the park, the devastation of the natural environment was obvious.
Never ending soya plantations stretched kilometer after kilometer. Apparently,
these plantations are used for corn also in certain periods of the year when
the weather is more appropriate for the harvest. In the middle of the field, we
saw these large pack of animals roaming and as we got close we realized it was
a group of emus. These large flightless birds became a common sighting in this
environment which was ironic as in the Park of Emas we didn’t see any. Salvador
joked “well why would they be the park when the have a food supply served out
to them”.
We arrived
at the gates of the park entrance and as soon as we stepped out the car a blue
headed and green bodied lizard scuttled away which we tried to film. We were met by some of the park guards who
also had a little stall where they sold park related products. We gathered
around a map of the park where Neilo was going to tell us our plans and give a
little information about the Cerrado biome. Before he began a Maria Facera,
white bird with a long neck, flew over and we stopped to film it and, in the
process, found her nest where she was caring for her two babies.
After the
distraction we returned to Neilos speech about the management of the park, the
importance of the area as a pathway for Brazils river and the history of the
park which had been reduced in size and consequently seen a reduction in
wildlife such as anteaters. Sérgio then added that a contributing factor was a
fire that ravaged the whole park some years back which never seems to have
recuperated from. Sérgio continued by explaining that forest fires are a
natural and needed part of the natural environment of the cerrado biome. Many
seeds need fire to even germinate, but these are fire that occur once every 5
years or so and do not cover the whole parks area but are more confined. As the
discussion was coming to an end, 2 Araras flew into a tree right by us so
another photo session followed.
After the
photo shoot we got back into the SUVs in the direction on the river. We stopped
to eat gabiroba fruits which were deliciously sweet and from the same family as
guava. We stopped to see emus and tapir footprints. The tapir in the largest
terrestrial mammal in South America. As we got deeper into the park we started
to see the classic low bush Cerrado. We stopped again to try another fruit
called guapeva which tasted like coconut and saw a Jalapa (trepadeira) which is
a pink flower that only flowers in the spring.
Nelio
explained that Cerrado 90% of the biomass of cerrado is underground. The shrub
that we see above ground is just the little branches and fruit that emerge but
most of the tree in completely under the earth.
The drive
continued and we saw a burrowing owl making its home. We also stopped in a
patch in the middle of low bush where there were tall trees from the Atlantic
Forest and Amazon. These forests exist
along the border of rivers which form corridors due associated with fertile and
humid soil. We had to rush back to the car as literally million of tiny flies
had surrounded us to the point where you couldn’t open your eyes without them
getting in.
We
stopped for the lunch at a trucker’s diner which turn out to serve delicious
home-made food.
The view
from the window was spectacular most noticeably because you could see the
horizon 360 degrees which also meant you could see where it was raining as in
the distance you should see the showers occurring in different and distant
locations.
We drove
back into the park again in direction of the river where we would stop for a
picnic.
We hit
the breaks hard… A DEER! A stunning female appeared and she was not risk averse
so we all got out to film this wonderful encounter. It was a truly magical
moment. We got back in the car but only 2 minutes later we had to stop again as
this time a male, with it sharp horns, was spotted. We were all so happy that
we got so lucky. We continued driving and found 2 more deer’s but by this time
we were getting bored (just joking) and drove right past them.
Through
the whole drive little million of termite nests, some over 2.5 meters in
height, are seen which the cerrado is famous for as these termite nests attract
larvas of fireflies which are bioluminescent so these termite nest glow. The
larvas use the mound and their glow as a way to attract prey which they feed
on. As we drove back we stopped to photograph this incredible phenomenon even
though it was pouring with rain. The drive back was fun to say the least.
Salvador decide to drive extremely fast through the deepening puddles to film
the spray on the wind shields. Ione span the Duster and was extorted by Toka in
return for not telling the rest of the group (which she finally got tired of
and announced the spin to everyone at breakfast the next day to stop the
torment).
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