Dia 16
Acordamos
cedo com mais 800 km à nossa frente. Para colocar isso em perspectiva, é cerca
de uma vez e meia o comprimento da costa de Portugal para dirigir em um dia. A
boa notícia foi que o destino era a nova Reserva do Cerrado do IPBio, onde
ficaríamos três noites para descansar de toda essa viagem. Na rota, visitamos a
adorável cidade de Palmas. O estado do Tocantins foi criado em 1988, quando se
separou de Goiás e, com essa independência, Palmas foi construida para se tornar
a capital do estado. A rapidez com que metrópole foi erguida é espetacular. Uma
ponte pairava sobre o lago com belas praias. Como a cidade foi criada
recentemente, era evidente que ela foi bem planejada, com uma avenida larga que
descia até o porto, onde havia barcos turísticos com restaurantes e uma pequena
área verde. Alguns se sentaram para fazer um piquenique, enquanto outros foram
buscar Açaí. Toka mencionou que ele tinha visto um tucano e uma iguana. Imran e
Henrique imediatamente pararam o que estavam fazendo para procurá-los. Não
achamos o tucano mas a iguana foi vista subindo em uma árvore e eles correram
para filmar. Quando os dois olharam para cima, perceberam que a árvore estava
coberta de iguanas. Quanto mais você olha, mais você vê! Uma senhora, comendo à
mesa com o marido e a filha, chamou-os perguntando: “Vocês são biólogos? Venham
rápido, tem um macaco aqui ”. Eles agradeceram e correram para filmar o sagüi
que pulava de galho em galho como um trapezista do Cirque du Soleil. Eles
voltaram a mostrar sua gratidão à mulher e, durante a conversa, o marido
recomendou que visitassem o Parque Cesamar, pois ele havia visto muitas
capivaras lá naquela manhã. Sérgio foi facilmente convencido a passar por aí
antes de continuarmos nossas viagens. Quando chegamos ao parque, perguntamos a
algumas crianças onde encontrar as capivaras e eles nos informaram que estavam
muito longe. Como fazia muito calor e não tínhamos tempo, Henrique e Imran se
ofereceram para correr até lá para filmar. Finalmente, vimos um grupo de mais
de 30 capivaras do outro lado do rio que estavam tomando banho de sol.
Percebemos que não conseguiríamos chegar ao outro lado a tempo, então montamos
nossas câmeras e tiramos fotos à distância. Enquanto voltávamos para encontrar
o resto do grupo, mais saguis apareceram.
A viagem
continuou em direção a Natividade. Na estrada, vimos uma grande jabuti
atravessando lentamente a estrada. Parece que o coelho havia vencido. Em
Natividade, visitamos as ruínas da igreja local e caminhamos pelas ruas da
pitoresca cidadezinha. Paramos em uma loja de artesanato e biscoitos. O
proprietário explicou que a sua avó adorava assar biscoitos que se tornaram uma
febre na cidade. No começo, ela pedia que as pessoas lhe trouxesse os
ingredientes e os preparava para eles, mas logo a demanda se tornou muito
grande, e ela abriu uma padaria. A filha e agora a neta tinha mantem as
receitas originais até hoje. Além disso, tinham jóias artesanais feitas de capim
dourado. Depois fomos jantar em um restaurante chamado Casarão que tinha o
mesmo nome do restaurante da Val em Iporanga. A comida era deliciosa, a maioria
das pessoas compartilhou seu famoso prato, que era arroz com carne de sol,
queijo e coberto com banana da terra. Seguimos para Dianópolis, a cerca de 30
km da nova reserva, onde nos instalamos no hotel.
Day 16
We woke up early with another 800km ahead of us. To
put that in perspective it is about one and a half times the length of coast of
Portugal of driving in one day. The good news was that the destination was the
new IPBio Cerrado Reserve where we would stay for three nights to rest up from
all this travelling. On route we visited a lovely city of Palmas. The state of
Tocantins was created only 40 years ago when it separated from Goias and with
this independence Palmas was created and soon after became the capital of the
state. Humanities shared genes with termites kicked in and in only a few
decades later a metropolis had been erected. The city was truly spectacular
combining nature with human ingenuity. A bridge hovered over the lake which had
beaches on either side. As the city was created so recently, it was apparent
that it has been well planned with wide road which flowed down to port where
there were restaurants on boats and a little park. Some sat to have a picnic
while others went to get Acai. Toka mentioned he had photographed a stunning
toucan and seen an iguana so Imran and Henrique immediately stopped what they
were doing to search for it. One was spotted running up a tree so they ran over
to film it. As they both looked up, they realised the tree was covered with Iguanas.
The more you looked, the more you saw! A lady, eating at a table with her
husband and daughter, called out to them asking “Are you biologists? Come
quick, there is a monkey here”. They thanked her and ran over to film the
speedy marmoset who hopped from branch to branch like a Circe du Soleil trapeze
artist. They returned to show their gratitude to the lady again and during the
conversation her husband recommended they visit Parque Cesamar as he had seen
lots of capybaras there that morning. Sérgio was easily convinced to stop there
before we continued our travels. As we arrived at the park, we asked some kids
where we could find the capybaras and they informed us it was quite a hike. As
it was very hot and we did not have much time, Henrique and Imran volunteered
to run over to film them. Finally, we spotted group of over 30 capybaras across
the river who were rolling around and sun bathing. We realized that we wouldn’t
be able to make it over to the other side in time so we set up our cameras and
toom shots from a distance. As we walked back to meet the rest of the group,
more marmosets appeared.
The trip continued in direction to Natividade. On the
road we saw a large jabuti tortoise slowly crossing the road, it appears the
rabbit had won. In Natividade we visited the local church ruins and walked the
streets on the quaint little town. We stopped at an artisanal shop where the
owner explained how her mother loved to bake and soon her cookie became the
talk of the town. At the start she would ask people to bring her the
ingredients and she would make it for them but soon the demand became to much
to handle so she opened up the bakery and that she still uses her mothers
recipes to this day. In addition they had lovely artisanal pieces of jewellery
made of golden grass. We then went for dinner at a restaurant called Casarão,
like Val´s restaurant in Iporanga. The food was delicious, most people shared
their famous plate which was rice with sun dried meat, cheese and topped with
banana. We head to Dianopolis, about 30km from the new reserve, where we
settled into our hotel.
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